Maria Luísa Camozzato e o Projeto Brasil sem Frestas.
O projeto Brasil sem Frestas nasceu em 2009 em Passo Fundo no Rio Grande do Sul, a partir de uma preocupação da química Maria Luísa Camozzato. Em uma noite chuvosa e de muita tempestade, Maria Luísa preocupou-se com a situação das famílias em vulnerabilidade social. Em Passo Fundo, assim como em diversas outras cidades, inúmeras famílias não possuem condições nem mesmo de comprar a cesta básica para se alimentarem, que dirá comprar material para reformarem suas casas. Até então, essas famílias dependiam do poder público e de doações da comunidade para tornarem seus lares mais confortáveis, um processo lento.
Nesta noite chuvosa de preocupação com as famílias, Maria Luiza, encontrou a solução: conhecedora do efeito de isolante térmico das embalagens tetra-pak, ela achou nas embalagens a possibilidade de melhorar a condição de moradia de pessoas que têm suas casas forradas de frestas e buracos. A solução já tinha sido encontrada, porém sozinha, Maria Luísa, sabia que não daria conta. Era preciso de pessoas que ajudasse a arrecadar as caixas, cortar, colar e aplicar. Um grupo foi montado com a participação de voluntários que se engajaram na ideia da química e partiram para os primeiros testes. Estava criado, e já batizado, o Brasil sem Frestas.
O grupo do projeto faz o trabalho de confecção e aplicação das chapas térmicas de caixas de leite com três objetivos: melhorar a saúde pública, retirar do meio ambiente um produto de alta durabilidade e fazer reciclagem direta. E a principal meta é levar saúde para as pessoas por meio do aumento do conforto térmico. O projeto visa ao conforto, pois reveste termicamente as paredes com frestas, para evitar a entrada de frio, chuva e calor.